quarta-feira, abril 16

o que foi já não é e, provavelmente, não volta a ser

Actualmente tenho uma nova colaboradora, aqui na produtora, que está a acabar o curso de Audiovisual e Multimédia na ESCS.
Quando ela fala das aulas e das actuais infra-estruturas da ESCS, sinto que está a falar de um sítio que me é totalmente estranho.
Os Seguranças são figuras que quase desconhecem e nem os nomes deles ela sabe. Pelas descrições físicas, sei que a D. Manuela continua a ser mobília da casa, o passarinho (Rui, para quem não sabe que ele conduzia um carro amarelo-piriquito) também anda por lá mas todos os outros são estranhos. As pessoas do bar são outros desconhecidos, cujo nome ninguém sabe. O Sr. Azad (sim, o grande ícone do AZAD COPY) teve azar e sofreu uma inspecção que o fez fechar as portas (parece que não sabia que era ilegal fotocopiar livros na íntegra) - lá foram embora o Monsieur Azad e a Madame Azarina, com as suas fotocopiadoras pré-históricas e a sua... simpatia. Actualmente existe um centro de cópias topo de gama, cheio de tecnologia, para onde basta enviar um e-mail e em poucas horas o trabalho está feito e encadernado... Que é feito das filas de espera ao lado do WC, do dinheiro de "sinal" para os trabalhos encomendados e da lista de CALOTEIROS afixada à entrada do cubículo das fotocópias...?
Mas confesso que o que mais me abismou foi a actual geração de alunos da ESCS não saber quem é o Sr. Mário... Será que esta gente nunca leu a grande revista que dá pelo nome de "Mania da Música"??? Entrevistas e reportagens sobre a Micaela, Tony Carreira, Toy, Ágata, Mónica Sintra e tantos outros.... Pois para esta geração que não sabe quem é o Sr. Mário, segue um breve esclarecimento: O Sr. Mário Rocha era (se calhar ainda é mas anda lá camuflado) o jardineiro-faz-tudo-desenrasca-o-que-for-preciso da ESCS. Um Sr. de +/- 40 anos, a cair para o careca, com um coração tatuado no braço, que tinha uma criação de caracóis nas caves da ESCS (locais esses onde eram arquivados os nossos trabalhos académicos...) e que, além de tudo isto, era o director, editor, jornalista, fotógrafo, redactor, revisor, produtor, paginador, director comercial, designer, responsável de Marketing, Comunicação e Imagem (e tudo mais que se possa ser dentro de uma revista) da MANIA DA MÚSICA. A ESCS sempre teve um historial de publicações que apareciam misteriosamente espalhadas pela escola: tivemos o Aviso à Navegação, o Ébola, o Ponto.Com, o De Comunicatione (entre outras de que não me lembro)... Mas a Mania da Música era genuína, despretensiosa, despreocupada. Não tinha o intuito de mudar o mundo, de criticar o sistema ou de reivindicar o que quer que fosse. Limitava-se a dar-nos informação sobre o mundo pimba português e a divertir-nos com a ficha técnica...
Ok, é oficial: estou nostálgica... Shoot me!

terça-feira, abril 1

e vocês...

...já mentiram hoje?