Não é por acaso que provençais e italianos chamam ao manjericão "erva rainha". Já assim o tratavam gregos e hindus. Originário da Índia, o manjericão foi largamente cultivado por gregos e egípcios e é ainda, nos nossos dias, ali, objecto de culto, acreditando-se que "protege o corpo para a vida e para a morte". Fez parte do imaginário popular de gregos e romanos que o consideravam símbolo do erotismo e do funerário. Começou por ser planta ornamental mas é sem dúvida, a mais aromática das ervas usadas na alimentação.
Pertence à família das labiadas e oferece-se em inúmeras variedades das quais, as mais comuns, são o basílico verde de folha mais ou menos larga e o púrpura. Os médicos antigos atribuíam-lhe inúmeras virtudes, não confirmadas pela medicina moderna, não lhe sendo contudo negado abrir o apetite e favorecer a digestão. Desdenhado pela medicina, o manjericão afirmou-se na gastronomia.
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O manjerico, que no São João, enfeitado com um cravo vermelho é portador de missivas, mais ou menos brejeiras, entre namorados, mais não é do que o manjericão de folha miúda. Na Ligúria, no Norte de Itália, é a variedade usada no célebre pesto genovês de que lhes falei a semana passada. Foi a curiosidade despertada por esta preparação, chamemo-lhe molho, que me levou a falar hoje sobre a erva que lhe está na origem.
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Se quer produzir o seu próprio manjericão, despache-se, sementes à terra púrpura para cozinha asiática e enfeitar, verde para a nossa cozinha mediterrânica.
Vou virar um mestre na arte do Pesto...
segunda-feira, maio 30
sexta-feira, maio 27
dia de comentários.
Numa estreia que espero ansiosa, pelos mais capazes que exitem neste país ainda de brandos costumes, e com velhos do restelo aparte das novidades, ouvi falar de uma Associação nova. Dá pelo nome de Chapa 6_5 e parece que remete para fundamentalismos gastronómicos, de tempo vivido com calma, e membros que se dedicaram a tentar elevar este marasmo em que vamos vivendo, mesmo em dias de sol. Por enquanto, nada mais me chegou,mas prometo descobrir ao que andam. Se é de boa mesa, tempo, e amizade que se fala, são bem-vindos a estas paragens.
quarta-feira, maio 25
coisas que me lembro de vez em quando.
Na ausência de melhor capacidade para me tornar um Chef de prestígio, continuo leitor assíduo da revista da Vaqueiro, que me ofereceram para conversão às boas horas de Gula. Entretanto, vou fazendo asneira, mas a massa já descola do tacho...