Não é por acaso que provençais e italianos chamam ao manjericão "erva rainha". Já assim o tratavam gregos e hindus. Originário da Índia, o manjericão foi largamente cultivado por gregos e egípcios e é ainda, nos nossos dias, ali, objecto de culto, acreditando-se que "protege o corpo para a vida e para a morte". Fez parte do imaginário popular de gregos e romanos que o consideravam símbolo do erotismo e do funerário. Começou por ser planta ornamental mas é sem dúvida, a mais aromática das ervas usadas na alimentação.
Pertence à família das labiadas e oferece-se em inúmeras variedades das quais, as mais comuns, são o basílico verde de folha mais ou menos larga e o púrpura. Os médicos antigos atribuíam-lhe inúmeras virtudes, não confirmadas pela medicina moderna, não lhe sendo contudo negado abrir o apetite e favorecer a digestão. Desdenhado pela medicina, o manjericão afirmou-se na gastronomia.
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O manjerico, que no São João, enfeitado com um cravo vermelho é portador de missivas, mais ou menos brejeiras, entre namorados, mais não é do que o manjericão de folha miúda. Na Ligúria, no Norte de Itália, é a variedade usada no célebre pesto genovês de que lhes falei a semana passada. Foi a curiosidade despertada por esta preparação, chamemo-lhe molho, que me levou a falar hoje sobre a erva que lhe está na origem.
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Se quer produzir o seu próprio manjericão, despache-se, sementes à terra púrpura para cozinha asiática e enfeitar, verde para a nossa cozinha mediterrânica.
Vou virar um mestre na arte do Pesto...
1 comentário:
Estes gajos falam, falam... Falam, falam, falam e depois não cozinham nada... é claro que fico chateada! Uma pessoa aqui cheia de fome e vêm falar de... mangericos...?
Hum... sorry! Wrong blog ;)
Continuo à espera...
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