Porque é que, com o uso, as palavras ficam desprovidas de sentido? As expressões "desculpa", "amor", "foi sem querer", "gosto muito de ti" já não chegam ao receptor, já não tocam ninguém. Parece que por serem pronunciadas ou escritas muitas vezes, esvaziamos as palavras de significado. Ou será que desenvolvemos anticorpos contra elas? Ficamos imunes ao seu efeito. Nós que as criamos, acabamos por rejeitá-las ou por dizer "são só palavras" (por mais redundante que isto seja)...
Mas a verdade é que também as usamos levianamente. Como escudo ou como espada. Se calhar é por isso que também nos protegemos delas, porque, por vezes, usando palavras dizemos coisas que não queremos dizer, nas quais não acreditamos e não conseguimos desfazer o nó (com mais palavras) para fazer tudo ficar bem outra vez...
Portanto vamos todos criar novas palavras. Pelo menos por uns tempos pensamos no seu significado, não deixamos que nos passem ao lado e não as vamos utilizar para dizer coisas que não queremos.
- No 2º ano de ESCS, a professora da cadeira de Inglês criou um verbo do qual sou fã até hoje: PANICAR (a.k.a. entrar em pânico)... Uma das expressões favoritas da senhora era "Meus amigos, não Paniquem!!!"
- A querida amiga Duda inventou o verbo "Dealar" (um misto de "Deal" com "Lidar").
E muitas mais haverão... Sintam-se convidados a partilhá-las connosco.
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